Exposição de Rui Carruço ” Quando a luz encontra a forma”
Inauguração dia 11 de maio de 2024
Inauguração dia 11 de maio de 2024
Exposição de Paulo Ossião e Alfredo Luz. “Ao alcance das mãos”
Inauguração dia 10 de fevereiro de 2024
Na pintura de Guilherme Parente há qualquer coisa de um mundo onírico muito discreto que de algum modo nos informa, e fá-lo com surpreendente eficácia, acerca de algo que já se passou… Quando e como, para cada um, sua verdade, pois não há certezas rigorosas nas recordações daquilo que apenas sonhámos.
Cada um que puxe pela memória, se acaso quiser conhecer os enredos que estão por detrás de uma espécie de neblina, pois recordar pode ser uma coisa doce, desde que não se exijam provas cabais de veracidade acerca do que se terá passado na realidade.
São histórias de crianças contadas aos adultos, para que estes possam adormecer na paz das boas incertezas. E as brisas visuais que envolvem as telas trazem e levam, sempre suavemente, uma suspeita de música, talvez de Ravel, que nunca foi impressionista, tal como o Guilherme o não é…
Se a pintura de Guilherme Parente pudesse transformar-se em música, seria a crisálida de onde veríamos sair uma sarabanda, dança suave e pacificadora.
António Victorino d’Almeida
“Entre as Águas do Tejo” exposição individual de Mariola Landowska- PINTURA
O caminho artístico é um caminho para a Arte; logo, procurar algo novo é um processo natural.
Desta vez, será uma viagem pelas águas do Tejo, uma nova série, uma nova narrativa, a que chamo “Entre Águas”. Um tema inspirado num barco clássico, chamado Canoa do Tejo, feito de madeira com uma linda forma. Estava eu um dia no estaleiro de Sarilhos Pequenos a participar na reabilitação da embarcação Alma do Tejo, quando aí encontrei um novo tema para pintar. O tópico da água em diferentes lugares e em diferentes momentos do dia evoca pensamentos relacionados com o passado e o presente. O que muda e o que permanece? A cor da água geralmente é azul, mas a paleta muda-a para o ocre, que simboliza a terra.
A maré sobe e desce e, assim, muda a paisagem e muda a forma do barco. Todos os espaços da proa à popa parecem mostrar uma nova música. Há também figuras, pessoas ligadas à água e à vida num barco. Pessoas que sentem a água e a sua própria vida dividida em fragmentos, que, porém, formam um todo. Lastros e conveses são consertados para que as canoas possam perdurar.
Navegar na canoa Alma do Tejo da Associação ANCORAS, da qual me tornei membro, permitiu-me voltar a navegar. Na Polónia, costumava navegar nos lagos e no Mar Báltico. Mas um iate não é uma canoa e foi a alma do Tejo que me inspirou a pintar esta nova série.
Texto: Mariola Landowska
Cristina Troufa exibe a partir de 17 de Junho de 2023, um conjunto de obras recentes nas quais, a partir de formas mais ou menos “abstratas”, paisagens podem ser sugeridas e que oferecem um espaço físico ás encenações criadas. Algo que até então não existia na sua obra. À usual introspeção existente nas suas pinturas, focada em si mesma e nas suas experiências, acresce a inquietação sobre o EFÉMERO da vida e de tudo o que nos envolve e julgamos ETERNO, por isso não cuidamos. O Planeta no qual vivemos e do qual dependemos.