Manuel Cargaleiro
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Em 1949, expôs pela primeira vez na “Primeira Exposição Anual de Cerâmica”, na Sala de Exposições do “Secretariado Nacional da Informação. Cultura Popular e Turismo” (SNI), no Palácio Foz, em Lisboa . Em 1951 participa na “Segunda Exposição de Cerâmica Moderna”, onde obtém uma menção honrosa. Em 1952 tem a sua primeira exposição individual, realizada na Sala de Exposições do SNI, com texto de Jorge Barradas. Nesse mesmo ano participa na “Terceira Exposição de Cerâmica Moderna”, onde obtém uma menção honrosa, e na exposição colectiva “Mostruário da Arte e da Vida Metropolitana”, em Goa. .
Em 1953 inicia a sua atividade com professor de Cerâmica, que mantém por 4 anos, na “Escola de Artes Decorativas António Arroio”, em Lisboa. É igualmente neste ano que realiza a sua primeira viagem a Paris e conhece Maria Helena Vieira da Silva, Arpad Szènes e Roger Bissière.
Em 1955, Manuel Cargaleiro participa na exposição coletiva “Fifth International Exhibition of Ceramic Art”, no “Kiln Club of Washington”, no “I Festival International de Céramique”, em Cannes. Participa, também, na exposição coletiva “Cargaleiro, Lemos e Vespeira” na Galeria Pórtico, em Lisboa. Em 1956 participa na coletiva “Primeiro Salão dos Artistas de Hoje”, na “Sociedade Nacional de Belas Artes” (SNBA), em Lisboa. Nesse mesmo ano realiza painéis de cerâmica para o Jardim Municipal de Almada, e o painel de azulejos para a fachada da nova Igreja de Santo António, em Moscavide. Em 1957, recebe uma bolsa do governo italiano, por intermédio do “Instituto de Alta Cultura”, que lhe permite visitar Itália e estudar a arte da cerâmica em Faença, com Giuseppe Liverani, Roma e Florença. Expõe “Cargaleiro: Cerâmicas”, com texto de Ruben A., na “Galeria Alvarez”, no Porto. É neste ano que fixa residência definitiva em Paris, onde vive atualmente.
Em 1958, torna-se um dos primeiros bolseiros da “Fundação Calouste Gulbenkian”, com a realização de estágio na “Faïencerie de Gien”, sob a orientação de Roger Bernard. Participa no “XVI Concorso nazionale della ceramica: Faenza no Museo Internazionale delle Ceramiche in Faenza” (MIC). Numa atitude de altruísmo, que lhe é muito reconhecida, Manuel Cargaleiro oferece peças de cerâmica popular, dois painéis e um vaso de sua autoria para a reconstituição da secção portuguesa do MIC, muito danificado durante a II Guerra Mundial. Em Paris. Participa na exposição “Céramiques Contemporaines”, no “Musée des Beaux-Arts” em Ostende, na Bélgica. Expõe “Cerâmica de Manuel Cargaleiro” na “Galeria Diário de Notícias”, em Lisboa.
Em 1995 executa painéis de azulejos em diversos locais públicos em Portugal, como também para a estação de metro “Champs-Élysées – Clemenceau”, em Paris. Em 1999, é-lhe atribuído o primeiro prémio do concurso internacional “Viaggio attraverso la Ceramica”, em Vietri sul Mare, na província de Salerno, colocando-o como grande referência artística em Itália tendo em 2004 inaugurado o “Museo Artistico Industriale di Ceramica Manuel Cargaleiro”, que no ano de 2015 se instala em Ravello, como “Fondazione Museo Manuel Cargaleiro”.
Em 2016 Manuel Cargaleiro está representado em permanência na “Helene Bailly Gallery”, em Paris. Em março expõe “Cerâmica de Manuel Cargaleiro”, na “Ap’Arte – Galeria de Arte” no Porto e participa nas coletivas promovidas pela “Helene Bailly Gallery”, na “Art Paris Art Fair 2016” e no espaço da galeria situado na “71 rue du Faubourg-Saint-Honoré”, Paris. Em maio apresenta a exposição “A Essência da Cor” na Casa de Artes e Cultura do Tejo, no âmbito do 10.º aniversário do equipamento cultural de Vila Velha de Ródão. Em 17 de junho apresentou com o Arquiteto Álvaro Siza Vieira a exposição inaugural “A Essência da Forma”, na “Oficina de Artes Manuel Cargaleiro”, projeto arquitetónico da autoria do Arquiteto Siza Vieira no Seixal.
“Comecei a minha vida de artista como ceramista e sou ceramista mesmo quando faço pintura a óleo. Não consigo imaginar uma coisa sem a outra. As minhas duas práticas, claro que se influenciam mutuamente. Não posso esquecer todos os meus conhecimentos sobre a história da faiança ou sobre a decoração mural quando pinto, assim como não esqueço a minha cultura pictórica quando crio em cerâmica. Está tudo muito ligado, e é isso que constitui a minha especificidade. Eu não copio os meus quadros nos azulejos: pinto diretamente sobre a faiança, sem desenho prévio, como numa tela.”
Manuel Cargaleiro